“E quando o Sol vier tocar minha cara, com certeza você já foi embora”

Hoje é um daqueles dias em que eu, provavelmente, acordaria de muito bom humor. Está chovendo, não está calor, não está um Sol rachando e eu tenho que trabalhar. Sério que prefiro trabalhar com chuva do que com Sol. Aliás, eu me daria muito bem em países nórdicos, onde o céu é predominantemente cinza e as taxas de suicídio são altíssimas. Não, eu não ia me suicidar com uma paisagem tão linda, tão… sei lá, bucólica. Não é a palavra que mais se aplica, mas é a que vem à minha cabeça.

Mas não, eu não acordei de bom humor. Acordei com frio e sem a menor vontade de ver a luz do dia. Mesmo esses dias chuvosos que me parecem tão lindos.

Eu acordei com vontade de ficar na cama, de fingir que estou doente. Abri os olhos às 06 e pouco. Liguei a TV, vi um pouco de jornal e me forcei a tentar dormir de novo. Não deu. Levantei, bebi água, dei uma perambulada e voltei pra cama. Me cobri só de lençol e me encolhi ao máximo até quase desaparecer para me esquentar.

Consegui dormir, mas tive sonhos estranhos com meu celular, lógico, sempre tocando e nomes e números estranhos aparecendo sem que eu conseguisse alcançá-lo. Loucura.

Mas… me forcei a levantar, a olhar pra fora, me recusei pegar o carro e preferi fazer tudo de ônibus hoje, ligada no automático, lendo alguma coisa. A Você S/A de dezembro, por exemplo, que está enfiada no fundo da minha bolsa, cheia de matérias legais que eu ando ignorantemente ignorando.

Pensei: é só o décimo sexto dia do ano para fingir que está doente. Você tem que produzir.

Agora estou acordando, meu cérebro está acordando e eu penso que hoje é um excelente dia para colocar meu colete preferido, minhas botas argentinas e o bloco na rua. Otimismo, sempre.

A música brega que embalou meu sorriso ontem já está pronta no chuveiro me esperando!

Água, um Prozac e lá vamos nós!

Mas antes, só mais um pouquinho de saudade.

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